
Segue um breve resumo, considerações e cenário referente à oferta limitada da matéria prima Propileno (PP) na América Latina no terceiro trimestre e sobre oferta e demanda no quarto trimestre:
O fornecimento de polipropileno (PP) na América Latina foi reduzido ainda mais no terceiro trimestre, uma vez que a disponibilidade de propeno foi reduzida em meio a taxas de utilização de refinaria mais baixas, resultantes da falta de demanda por combustível para transporte, devido a quarentenas e medidas de isolamento social.
As reduções ocorreram no Chile e na Argentina, onde os bloqueios foram mais restritivos. As interrupções de plantas petroquímicas no mercado norte-americano causadas por furacões eliminaram o material exportado em setembro.
A demanda regional de PP do terceiro trimestre dos setores industrial, automotivo, de eletrodomésticos e eletrônicos melhorou incrementalmente a cada mês a partir de um segundo trimestre, que foi deprimente.
O consumo de não tecidos, aplicações de filmes para embalagens de alimentos, higiene e uso de EPIs aumentou em meio aos impactos relacionados ao Corona vírus. A demanda geral, englobando todas as aplicações da resina, ainda foi menor do que no ano passado. O polipropileno (PP) é muito utilizado em embalagens, cordas, tapetes, peças plásticas, alto-falantes e peças automotivas.
A oferta de PP na América Latina deve permanecer restrita no quarto trimestre. Conforme as refinarias aumentam as taxas de utilização, retornam das manutenções ou interrupções, a produção de propeno que é a principal matéria-prima aumentará, aumentando subsequentemente a produção de PP. A produção de propeno da refinaria no Brasil voltou aos níveis normais, anteriores à crise, mas uma parada de 60 dias na Argentina deixou uma planta de PP desativada.
A demanda de PP do quarto trimestre continuará melhorando e aumentando gradativamente à medida que vários setores, principalmente automotivo, industrial e de construção, retomam a atividade.
À medida que o impacto da pandemia diminui, a demanda está aumentando, porém não haverá equilíbrio entre oferta e demanda antes de 2021.
A Braskem está entrando o mês de outubro com 35% de pedidos acima da capacidade produtiva, com isso teremos falta de produto e aumentos nos preços a partir do dia 1 de outubro.
Fonte: BRASKEM (BR) / Fonte: HOUSTON (ICIS)