Já parou pra pensar o que a Coco Chanel, Christian Dior, Halston, Jean Patoutem em comum? São grandes nomes que fizeram história na moda, cada um do seu jeito e no seu tempo. No entanto, por meio da criação de seus perfumes também possibilitam que as pessoas experimentassem o estilo de vida que propunham. Assim, perfumaria e moda têm uma relação muito conectada.
Perfumaria: um luxo para poucos
Até o final do século XVIII, os perfumes não eram fartos e acessíveis como a gente encontra hoje. Na época de reis, rainhas e aristocratas, só mesmo essas pessoas podiam se dar ao luxo de usar esse produto. Entretanto, com a primeira Revolução Industrial, tudo foi mudando.
“Foi quando veio a máquina a vapor que a perfumaria começou a crescer, porque era possível produzir mais ingredientes. Também se passou a fabricar mais ingredientes sintéticos, que traziam volume à perfumaria”, conta Helen Augusto. Antes disso, a maioria dos perfumes era feita a partir da essência de flores. Com a industrialização, ingredientes como musk, vanila e cumalina tornaram a perfumaria uma possibilidade para mais pessoas.
Perfumaria e moda:
Até o começo do século XX, os perfumes vinham das grandes casas de perfumaria, como a tradicional Guerlain. Mas a estilista Coco Chanel mostrou que unir design de roupas à perfumaria era um caminho sem volta.
Um parêntese necessário é que o contexto da época era o fim da Primeira Grande Guerra, quando as mulheres assumiram postos de trabalho, visto que os homens estavam na guerra. Logo, havia muita liberação. “Segundo historiadores, as mulheres dos anos 1920 e 1930 foram as mais emancipadas, pelo menos até a década de 60”, comenta Helen.
É nessa fase que Coco Chanel revolucionou a moda: ela foi responsável por trazer renda às roupas, recortar barras, fazer as mulheres usarem calça e roupas com bolso — não se dependia mais dos homens para guardar nada. Chanel também trouxe o colorismo de bijuterias (aquele mundo de pérolas). Era um estilo que dava o que falar, mas, ao mesmo tempo, trata-se da alta costura, o que não era uma possibilidade para todos. Muito pelo contrário. Aqui vamos listar alguns perfumes que tiveram ligação com a moda de alguma forma ao longo desses anos:
Miss Dior
No mesmo ano em que Christian Dior trouxe o new look, com silhuetas femininas e românticas para as passarelas de Paris, o Miss Dior nasceu para acompanhar, como sinônimo de felicidade no pós-guerra. Ele combina notas florais frescas – semelhantes ao cheiro de um buquê – e o frasco dá um show à parte, já que cada fita de jacquard amarrada vêm diretamente das renomadas oficinas francesas de fabricação de fitas. Puro luxo!
CK One
Os anos 90 estão com tudo e um dos seus ícones não pode faltar aqui! A grife americana Calvin Klein, que foi sinônimo do visual clean e sexy da época, traduz toda sua essência no seu primeiro perfume sem gênero. O CK One reúne as notas refrescantes de Chá verde e Bergamota, equilibradas com especiarias, Musk e Âmbar, para criar uma fragrância atemporal e descomplicada: um must-have!
Black Opium
Em 1977, após o sucesso da fragrância Y, o designer Yves Saint Laurent precisava de um perfume que combinasse com sua nova coleção, inspirada pela China. Após um processo extenso de pesquisa, chegou-se à combinação única de Patchouli, Mirra e Baunilha, embalada pelo frasco similar a um container de tabaco e que leva o nome que foi um escândalo para a época: a icônica, Opium.
Classique
Símbolo de sedução e diversão, o grande destaque do perfume vai para o frasco, em forma de busto com espartilho: uma peça marcante do visual do designer Jean Paul Gaultier – que vestiu ninguém mais, ninguém menos que Madonna! O aroma mescla a delicadeza da Flor de Laranjeira, com o afrodisíaco Gengibre e a viciante Baunilha, para traduzir toda a feminilidade e poder da grife.
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